A Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) proclamou o ano de 2011 como o Ano Internacional da Química.
O evento será organizado pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em comunicado oficial, as duas instituições destacam que o Ano Internacional da Química permitirá celebrar as contribuições da química para o bem-estar da humanidade.
Também no ano de 2011, comemora-se o 100º aniversário do Prêmio Nobel em Química para Marie Sklodowska Curie, o que, de acordo com os organizadores, motivará também uma celebração pela contribuição das mulheres à ciência.
Ainda de acordo com os organizadores:
A química é fundamental para a nossa compreensão do mundo e do cosmos. As transformações moleculares são centrais para a produção de alimentos, medicina, combustíveis e inúmeros produtos manufaturados e naturais.
16 de Agosto de 2011
Químico alemão Robert Bunsen nasceu há 200 anos
Um dos mais importantes cientistas do seu tempo abriu o campo da espectroscopia química
2011-03-31
Nascido em 1811 de uma família de académicos, Robert era o mais novo de quatro filhos. Estudou Química na Universidade de Göttingen, onde se formou com 19 anos. Depois de uma viagem pela Europa, durante a qual conheceu outros cientistas como Carl Runge, Justus von Liebig e Eilhard Mitscherlich, voltou a Göttingen, desta vez como professor.
Cientista dedicado à experimentação, Bunsen passou muito tempo em laboratório a investigar a composição de químicos. As suas primeiras experiências centraram-se nas propriedades do arsénico, em particular numa substância chamada cacodílico. Com esta investigação conseguiu encontrar um antídoto para o envenenamento por arsénico: o óxido de ferro hidratado.
Esta investigação decorreu com alguns percalços. Quase morreu envenenado com aquela substância e perdeu a visão de um olho devido a uma explosão no laboratório.
Esta investigação decorreu com alguns percalços. Quase morreu envenenado com aquela substância e perdeu a visão de um olho devido a uma explosão no laboratório.
A invenção do chamado «bico de Bunsen» (para aquecimento por combustão de gás), desenvolvida a partir de um dispositivo desenhado pelo químico inglês Michael Faraday, na altura uma pouco mais velho do que ele, abriu o campo da espectroscopia química.
Pela primeira vez era possível observar, sem interferência, as linhas de emissão espectral dos elementos, tais como o rubídio e o césio, que foram por si descobertos.
Além de profícuo cientista, foi um dedicado docente. Deu aulas nas universidades de Marburgo, Breslau e Heidelberg. Aposentou-se nesta última em 1889, depois de ter lá leccionado e investigado mais de 30 anos.
Além do bico de Bunsen, o químico deu o seu nome a outros instrumentos, tais como o efusiómetro de Bunsen (aparelho que permite determinar a densidade de um gás por medição da velocidade de escoamento deste através de um orifício) e o fotómetro de Bunsen (dispositivo para comparar intensidades luminosas).
Depois da reforma, aos 78 anos, teve tempo para se dedicar a outros dos seus interesses, a geologia e a mineralogia. Morreu 10 anos depois, em Heidelberg.
Além de profícuo cientista, foi um dedicado docente. Deu aulas nas universidades de Marburgo, Breslau e Heidelberg. Aposentou-se nesta última em 1889, depois de ter lá leccionado e investigado mais de 30 anos.
Além do bico de Bunsen, o químico deu o seu nome a outros instrumentos, tais como o efusiómetro de Bunsen (aparelho que permite determinar a densidade de um gás por medição da velocidade de escoamento deste através de um orifício) e o fotómetro de Bunsen (dispositivo para comparar intensidades luminosas).
Depois da reforma, aos 78 anos, teve tempo para se dedicar a outros dos seus interesses, a geologia e a mineralogia. Morreu 10 anos depois, em Heidelberg.